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Roubos e furtos a condomínios crescem 172% em São Paulo, aponta levantamento

Dados levantados pela GloboNews junto à Secretaria de Segurança Pública mostram que foram 25 ocorrências na capital paulista em 2015 e 68 em 2016.

Levantamento feito pela GloboNews com base em dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo aponta aumento de 172% nos roubos e furtos a condomínios na capital paulista entre 2015 e 2016. De acordo com o levantamento, foram 25 ocorrências em 2015 e 68 no ano passado.

Imagens às quais a GloboNews teve acesso mostram a ousadia de uma dupla de assaltantes que invadiu dois imóveis na mesma rua, no mesmo dia. O crime foi na Zona Sul de São Saulo.

No primeiro caso, os homens param na frente do portão. Um deles entra na casa, e o outro espera do lado de fora. O suspeito observa o movimento do prédio e, em seguida, decide subir. Já no andar escolhido, ele tenta escutar o movimento dentro dos dois apartamentos. Ele desiste e sobe para outro andar. O ladrão tenta abrir a porta de um dos apartamentos, mas desiste.

Em outra imagem, a dupla já está em outro imóvel, e o alvo foi o apartamento do último andar. Na fuga, eles deixaram cair duas chaves que usaram para abrir a residência. Os bandidos entraram no apartamento usando uma chave-micha, um tipo de chave universal capaz de abrir qualquer porta.

Durante cerca de 20 minutos, os assaltantes reviraram os cômodos, gavetas, a escrivaninha, armários e baús. Eles recolheram dinheiro, celular, computadores e documentos, e fugiram antes da chegada da polícia.

Os alvos foram uma mãe e duas filhas, que não estavam em casa.

“Da parte da polícia, não recebi nenhuma ligação. Meu pai levou as imagens da câmera. Eu tinha só imagem no celular, mas eles não aceitam e eu não tive nenhum retorno”, disse moradora Amanda Marques.

Mesmo com o alto investimento em segurança, nem sempre as medidas são suficientes. Os R$ 40 mil gastos por um condomínio de luxo na Zona Leste da capital paulista, por exemplo, não evitaram a invasão de bandidos no ano passado. Assustados, os moradores estão ampliando a vigilância. São mais R$ 44 mil investidos no sistema que protege o prédio.

“Primeiro, nós aumentamos um homem a mais que colabora no controle de acesso das pessoas e também rondas durante o dia e a noite. Outra questão importante: o controle biométrico que fica na entrada com catracas e um sistema bastante moderno que a pessoa insere documento”, contou o administrador de empresas Renato Chiantelli, presidente do Conselho de Segurança do Bairro.